PROJETO POLITICO PEDAGÓGICO
EMEI CEU JAGUARÉ - 2015
1. Introdução
Partimos do
pressuposto de que a construção de um projeto pedagógico exige entre outras
coisas, como ponto de partida, o envolvimento e comprometimento de todos os que
trabalham na unidade escolar. Além disso, para que este projeto atenda as
necessidades educacionais de nossa comunidade é essencial que se tenha clareza
do contexto sociocultural da comunidade local, para que, a partir daí, possamos
imprimir e consolidar uma prática pedagógica flexível, capaz de ser reformulada
e reconstruída sempre que as exigências dessa realidade indicar uma inadequação
ou necessidade emergente.
Neste sentido, nós da
EMEI CEU JAGUARÉ, compartilhamos da ideia de que para construir um projeto
pedagógico verdadeiramente público, popular, articulado e coerente, é
necessário que a escola esteja atenta a sua função educacional e social. Sendo
assim, nosso projeto pedagógico estará alicerçado na construção de uma proposta
curricular de qualidade, que busca fornecer as crianças vivências desafiadoras
dentro da representação linguística, simbólica e afetivas, considerando no
desenvolvimento deste processo as diferenças individuais, sociais e culturais e
de que formas elas estão articuladas ou interferem no processo de construção do
conhecimento por parte das crianças.
Sendo assim, a proposta curricular da EMEI CEU JAGUARÉ, visará em seu
processo educativo situações concretas que possibilitem as crianças a
construção e ampliação de seus conhecimentos, habilidades cognitivas, afetivas
e sociais que possam contribuir diretamente na formação de cidadãos, sujeitos
de direitos e deveres.
Isto posto,
buscar-se-á uma ação coesa, consciente e responsável em que todos os segmentos
da escola, possam desenvolver propósitos comuns e necessários para formação de
sujeitos autônomos, respeitando para tanto as características próprias da faixa
etária das crianças, as diferenças individuais e as vivências variadas
(contexto sociocultural), de modo que, nossas ações e ambiente escolar
possibilitem a interação da criança dentro e fora do contexto escolar, de modo
que essa criança possa construir e conquistar a sua autonomia com iniciativa,
criatividade e criticidade, constituindo-se ao seu tempo, como ser ativo na
construção de uma sociedade democrática e igualitária.
Enfim, a proposta
pedagógica da EMEI CEU JAGUARÉ deverá conter em seu bojo, ações efetivas, que
além de possibilitar a inclusão qualitativa de todos, possa também, desencadear
ações em conjunto com as outras unidades do CEU JAGUARÉ.
2. Breve histórico da escola
O bairro do Jaguaré foi fundado em 1935. Henrique Dumont Villares,
sobrinho de Santos Dumont, incrementou o projeto “Centro Industrial do Jaguaré”
, numa área de 150 alqueires, localizada à margem do Rio Pinheiros.
Tem como limites os bairros de Pinheiros, Lapa e a cidade de Osasco.
Henrique Dumont Villares construiu em 1942 o relógio do Jaguaré, que é um
símbolo do bairro.
Foi em 1947, que Dumont Villares inaugurou a primeira escola do Jaguaré –
“ O Externato Jaguaré”.
O bairro se desenvolveu como um pólo industrial , comercial, educacional
e residencial.
3. Características da comunidade
local
A
EMEI CEU JAGUARÉ está localizada
Esta região em uma escala reduzida, revela os contrastes sociais e a má
distribuição de renda existente na cidade de São Paulo e no País. Isto posto,
não só pelas características socioeconômicas do bairro, mas principalmente ao
fato de que esta comunidade ser rodeada por alguns condomínios de alto padrão,
e de classe média.
4. Nossos espaços
físicos-pedagógicos
O prédio da EMEI CEU JAGUARÉ está implantando dentro do espaço do CEU
JAGUARÉ e possui um edificação de ..........metros construído em 2009, está
instalado no segundo piso de um prédio que abriga também o CEI CEU JAGUARÉ no
piso inferior.
O prédio da EMEI CEU JAGUARÉ
possui uma sala de secretaria, uma sala
de diretor, uma sala dos professores e coordenação pedagógica, dois refeitórios
pequenos para funcionários, dois banheiros para funcionários, um masculino e um
feminino, dois banheiros para as crianças, um de meninos e um de meninas, oito
salas de atividades, uma brinquedoteca, um refeitório para as crianças e uma
cozinha. O parque fica no piso inferior e também é utilizado pelas crianças do
CEI CEU JAGUARÈ. No espaço do parque estão instalados balança, casa do Tarzam e
outros brinquedos.
5. Finalidade educacional
A EMEI CEU JAGUARÉ é pública, gratuita, laica, direito da criança
e dever da família e do Estado, devendo estar a serviço das múltiplas formas de
ser da criança, voltada para o atendimento de suas necessidades e
características de desenvolvimento e educação, independente de gênero, etnia,
cor, situação sócio econômica, credo religioso e político e quaisquer formas de
preconceito e discriminações.
6. Princípios norteadores da ação
pedagógica
A educação oferecida pela EMEI
CEU JAGUARÉ será pautada nos seguintes princípios:
o
A Educação Infantil é direito inerente e
subjetivo de toda a criança, que deverá compreender o desenvolvimento de todas
as dimensões humanas: afetiva, social e cognitiva, além da formação de valores
étnicos, estéticos e morais presentes nas diferentes culturas, tais como:
autonomia, cooperação e solidariedade;
o
Que toda criança é produtora de saberes,
conhecimento e cultura e como tal deve ser respeitada;
o
As práticas educativas desenvolvidas pela
escola devem propiciar o desenvolvimento da identidade individual e coletiva da
criança, dentro de um espaço lúdico onde o brincar deve estar presente na
intermediação da construção do conhecimento infantil;
o
Igualdade de condições no atendimento, acesso
e permanência da criança na escola, inclusive para aquelas com necessidades
especiais;
o
Busca permanente de padrão de qualidade na
prática da educação infantil e vinculação entre as praticas educativas e
sociais;
o
Permanente inter-relação entre os educadores
de infância e as famílias das crianças, bem como com as instituições voltadas
para o bem estar e direitos das crianças;
o
Zelar pela educação e frequência, informar os
pais e responsáveis sobre assiduidade e desenvolvimento integral das crianças,
bem como sobre o planejamento execução da proposta pedagógica da escola;
7. Objetivos da educação infantil
Na EMEI CEU JAGUARÉ considera-se a educação infantil como primeira etapa
da educação básica, na qual o cuidar e o educar estão imbricados, visando o
desenvolvimento integral da criança e objetivando a criação de um espaço
coletivo de relações múltiplas entre crianças-crianças e crianças-adultos,
mediadas pelo conhecimento, e não objetiva a preparação para o ensino
fundamental ou sua antecipação, nem tampouco a compensação de suas carências.
Os educadores da EMEI CEU JAGUARÉ consideram de extrema importância
compreender o contexto sociocultural das infâncias e suas especificidades na
sociedade contemporânea para contribuir com práticas educativas onde as
crianças sejam autoras do seu conhecimento.
8. Nossa proposta curricular
Compartilhamos da
ideia de que para construirmos um projeto pedagógico verdadeiramente público,
popular, articulado e coerente, é necessário que a escola esteja atenta a sua
função educacional e social.
Sendo assim, a
proposta curricular da EMEI CEU JAGUARÉ, tem como objetivo oportunizar
situações que possam priorizar um processo educativo, que além de permitir que
as crianças se perceberem como cidadãos,
sujeitos de seus direitos e deveres, possam também garantir a todas as crianças
a construção e ampliação de seus conhecimentos e habilidades cognitivas,
afetivas e sociais, dentro de uma visão global.
No desenvolvimento proposta pedagógica curricular, buscar-se-á além de
uma ação coesa, consciente e responsável, que todos os segmentos da escola,
possam desenvolver propósitos comuns e necessários para incentivar o processo
construtivo da criança, respeitando para isso as características próprias de
sua faixa etária, as diferenças individuais e o contexto sociocultural das
famílias. Sendo assim, todas nossas ações curricular deverão ser planejadas
através de um ambiente educativo que possibilite a interação da criança dentro
e fora do contexto escolar, de modo que essa (criança) possa construir e
conquistar a sua autonomia com iniciativa, criatividade e criticidade,
constituindo-se ao tempo, como sujeito ativo na construção de uma sociedade
democrática e igualitária.
8.1 - Nossos pressupostos
pedagógicos curriculares
(...)
a vida na educação infantil explicita uma concepção curricular, mas a vida não
é o currículo, o currículo, enquanto organização e sistematização de intenções
educacionais e pedagógicas, não pode se dar conta do excesso de sentidos, do
invisível que há no viver cotidiano (BRASIL, 2009, p.57)
As diretrizes que
norteiam a nossa proposta pedagógica devem ser traduzidas em ações pedagógicas
coerentes que consolidem as oportunidades para a construção do conhecimento,
através do uso de várias formas de expressão e exploração do meio ambiente
físico e social.
O desenvolvimento da criança é
possível através da interação. Esta interação exerce papel preponderante no
processo educativo, sendo mais efetiva
quando se concretiza de forma lúdica, afetiva e prazerosa. Portanto, o papel do
professor é fundamental como incentivador, facilitador e mediador no processo
de construção da criança. È necessário oferecer oportunidades que desafiem o
raciocínio e permitam a criança descobrir e elaborar hipóteses, atribuindo ao
mundo que o cerca e seus significados.
Nossas
metas e prioridades curriculares
o
Intensificar o exercício de ressignificação
das rotinas escolares, considerando a linha de tempo das crianças no integral
de seis horas, os diferentes segmentos da escola, a fim de procurar caminhos
que ajudem a superar os entraves detectados;
o
Envolver a comunidade escolar como um todo
harmônico na concretização dos objetivos propostos através de:
o
Organizar reuniões com todos os funcionários
da unidade escolar para discutir meios possíveis que viabilizem a construção de
um ambiente democrático, responsável e gerador de conhecimento da criança.
Desta forma, faz-se necessário uma equipe escolar coesa, que busque através do
dialogo a superação das dificuldades, conseguindo concretizar na prática diária
uma coerência entre reflexão – ação e formação;
o
Reuniões com os pais e alunos da escola, que
oportunizem um conhecimento sobre o fazer pedagógico no cotidiano escolar;
o
Conhecer a realidade social no qual a escola
se insere, para construir e reconstruir um projeto que atenda as reais
necessidades da comunidade.
o
Grupo de estudo para professores onde através
da discussão teórica se reflita sobre o trabalho em sala de aula, enriquecendo
o papel do professor como “mediador” do processo construtivo da criança.
o
Na rotina propiciar a autonomia e responsabilidade
das crianças.
o
Ter
a arte como eixo articulador da construção do conhecimento das crianças.
8.3 - Questões e
focos para 2014 (Definidos a partir das avaliações do ano anterior)
Visando “Garantir à
criança acesso a processos de apropriação, renovação e articulação de
conhecimentos e aprendizagens de diferentes linguagens, assim como o direito à
proteção à saúde, à liberdades, à confiança, ao respeito, à dignidade, à
brincadeira, à convivência e à interação com outras crianças”.
Associado aos
objetivos acima, na perspectiva se efetivar um Projeto Pedagógico que seja
coerente com a realidade e necessidades da escola, foram atrelados a esta
proposta alguns objetivos apontados nas avaliações realizadas no ano de 2013,
as quais apontou para a necessidade de se reorganizar os espaços escolares e
qualificar o planejamento das ações desenvolvidas com as crianças.
Para tanto,
salientou-se a importância de oportunizar as crianças vivências que possam
desencadear, a conquista de novos conhecimentos e o desenvolvimento de
habilidades e capacidades nas diferentes linguagens, abordando questões do
brincar, de gênero e da diversidade cultural, considerando a criança como “sujeito
potente”, com direito a voz e a participação nas escolhas.
Sendo assim, para a
construção da nossa proposta curricular a equipe gestora e docente alicerçou-se
no conhecimento das crianças, embasado em pressupostos teóricos pertinentes ao
desenvolvimento infantil, respeitando-se a diversidade social apontada.
Isto posto, foram
propostas e organizadas as seguintes expectativas de aprendizagens:
9 – Expectativas de
aprendizagens Infantil I e II
Campo de experiência: Brincar e
Imaginar
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Dentro deste campo
de experiência visando à concretização de nossa proposta curricular temos
como principais objetivos ampliar a perspectiva criadora das crianças,
estabelecendo formas de relação com o outro, de apropriação e produção da
cultura, do exercício de decisão e criação, além de promover ações que possam
contribuir no desenvolvimento de habilidades e de trabalho com valores e
emoções. Dentro deste campo ainda, propomos promover ações que contribuam na
apropriação do repertório das crianças sobre regras de jogos e brincadeiras, de
modo que. Esses possam entre outras coisas contribuir no desenvolvimento das
crianças no se diz respeito às relações sociais.
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Campo de experiência:
Exploração da Linguagem Corporal
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Através deste campo
de experiência nossas expectativas de aprendizagens se darão no
desenvolvimento de ações que possibilitem as crianças de conhecerem seu
próprio corpo, explorando significativamente o seu repertório motor e
gestual, possibilitando a expressão e interação através de diferentes
recursos. Assim como, estimulo a autonomia na exploração do ambiente e do
próprio corpo, de modo que elas possam no decorrer do processo se apropriar
da imagem corporal de si e do outro e discriminar sensações e percepções.
Pretende-se também,
que as crianças possam através das diferentes ações passar a controlar
gradualmente o próprio movimento ajustando suas habilidades às diferentes
situações, conhecendo as potencialidades e limites do próprio corpo (força,
resistência e flexibilidade) e reconhecendo as características de seu corpo,
identificando semelhanças e diferenças entre as pessoas.
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Campo de experiência:
Exploração da Linguagem Verbal
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Neste campo de
experiência nossas expectativas de aprendizagens se darão
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Assim, como possam
também, construir atitudes e saberes ecologicamente recomendáveis, ou seja, a
formação de atitudes, valores e saberes relativos às ações que preservam ou
destroem o ambiente e a natureza.
No decorrer do
processo de aprendizagem deste campo de experiência pretende-se ainda que as
crianças no decorrer do processo possam desenvolver autonomia para se
vestir-se, alimentar-se, resolver conflitos e possam relacionar-se com o
outro de modo mutuamente agradável, construindo atitudes de respeito ás
diferenças evitando a ocorrência de “bullying”.
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Campo
de experiência: Experiências com a expressividade das Linguagens Artísticas
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No desenvolvimento
deste campo de experiência pretende-se propiciar condições para que no
decorrer do processo as crianças possam gradativamente se apropriar das
diversas linguagens que constroem as manifestações artísticas e trabalhe a
expressividade humana, ampliando sua sensibilidade e capacidade para lidar
com os sons, ritmos, melodias, formas, cores, linguagens e gestos,
aprimorando sua audição para uma escuta atenção aos sons, silêncios e
músicas.
Através das ações a
serem desenvolvidas neste campo de experiência pretende-se propiciar as
crianças diferentes formas de exploração do corpo na produção de sons. Além
de buscar mecanismos diversos para a ampliação do repertório de músicas
instrumentais e canções, cantigas de ninar e de roda, diferentes gêneros
musicais, em especial da cultura popular. No desenvolvimento dessas ações
pretende-se também, gradativamente inserir instrumentos convencionais e não-convencionais
na produção de sons e de brincadeiras cantadas.
Ainda dentro deste
campo de experiência pretende-se buscar formas diversas de ampliação do
repertório das crianças sobre dramatização, criação de enredos, cenários e
adereços com diferentes materiais e suportes para encenar e reconhecimento de
outras formas de dramatizações tais como: bonecos, marionetes, fantoches,
participando de situações em que se comportem como “atores” ou como
“espectadores”.
Pretende-se ainda
propiciar condições para que as crianças possam: Brincar com expressões
faciais, gestuais e pequenas ações que representem; Apreciar peças de teatro
e pequenas encenações dos colegas; Explorar diferentes; Aprender a reconhecer
a diversidade de padrões de uso das cores em diferentes culturas e contextos
de produção; Trabalhar com construções tridimensionais; Utilizar recursos
variados para ampliar os traços gráficos que permitam elaborar e organizar
formas; Ampliar contextos de observação e ter oportunidade de contato com os
processos de produção de artistas e ou artesão (observação direta, vídeo,
livros, catálogos de arte.); Criar formas de fazer contato, observar e
interagir com as produções das demais crianças.
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Campo de Experiência:
Exploração da Natureza e Cultura
|
Através das ações a
serem desenvolvidas neste campo de experiência pretende-se propiciar
condições favoráveis para que as crianças possam desenvolver a capacidade de
observar regularidades e permanências; Formular noções de tempo e espaço; -
Fazer aproximações em torno da ideia de causalidade e transformação;
Estabelecer relações entre seus conhecimentos prévios e novos saberes,
ampliando e construindo conhecimentos; Desenvolver a criatividade e
imaginação; Construir conhecimento sobre a história da cultura humana; Desenvolver
a capacidade de observar regularidades e permanências; Formular noções de
tempo e espaço; Fazer aproximações em torno da ideia de causalidade e
transformação; Estabelecer relações entre seus conhecimentos prévios e novos
saberes, ampliando e construindo conhecimentos; Aprimorar o desenvolvimento
de sua a criatividade e imaginação; Gradativamente obter informações que
contribuirão a criança construir
|
conhecimento sobre a história
da cultura humana.
10. Avaliação do Processo
Ensino Aprendizagem e Desenvolvimento da criança
A avaliação no
trabalho pedagógico é um aspecto fundamental da proposta curricular.
Através da
avaliação contínua e responsável que o professor obtém informações
importantes sobre o aprendizado da criança sendo capaz de promover situações
que favoreçam o seu desenvolvimento e ampliação de conhecimentos, planejando
e direcionando o seu próprio trabalho.
Portanto, entendemos
que a avaliação de servir para registrar as experiências das crianças que
acontecem no dia a dia, enfatizando as descobertas e aprendizagens,
considerando o princípio de que a avaliação é um processo contínuo para
identificar suas potencialidade, interesse e necessidades.
10.1 – Instrumentos de
Avaliação
1. Avaliação contínua do
professor
A observação curiosa,
cuidadosa e diária do aluno, acompanhada de um registro, é essencial para que
a individualidade de cada criança, durante o processo de aprendizagem, seja
respeitada, não sendo comparado o seu desempenho final com o resultado médio
da classe.
Visando oportunizar
instrumentos que viabilizem o registro contínuo das observações feitas, a
partir das produções e ações das crianças.
Discutiu-se o objetivo da
avaliação semestral, para quem se destina e a forma de registro. Definiu-se
que a avaliação será semestral por ser um instrumento destinado aos pais dos
alunos (relatório individual do desenvolvimento do aluno)
A fim de que acompanhem
aprendizagem de seu filho, deve conter registros claros dos Resultados
atingidos, possibilitando a compreensão do processo de aquisição de
conhecimento.
|
11.
Projeto Parceria entre duplas regentes
Diante do integral de
6 horas, visando superar algumas dificuldades da dupla regência, foi instituído
e estruturado o Projeto Parceria.
Este projeto se
constitui em organizar encontros entre as duplas de docentes da mesma turma,
para que conjuntamente possam pensar suas ações, trocar informações sobre a
turma e os alunos, estruturarem suas rotinas de trabalho e planejarem as
atividades de aprendizagens que serão desenvolvidas nos diferentes campos de
experiências.
Nesses encontros a
dupla tem a oportunidade de qualificar suas ações que serão desenvolvidas junto
às crianças, assim como a estruturação de seus respectivos planejamentos e a
definição de suas pautas de observação.
Para viabilizar esta ação os docentes de módulo assumem a regência das
classes/turmas enquanto para que as duplas estão reunidas.
12 -
Acolhimento e adaptação às crianças nas primeiras semanas
Partindo da afirmação
de ORTIZ (Revista Avisá-Lá) que nos diz que: “A adaptação pode ser entendida
como o esforço que a criança realiza para ficar, e bem, no espaço coletivo,
povoado de pessoas grandes e pequenas desconhecidas. Onde as relações, regras e
limites são diferentes daqueles do espaço doméstico a que ela está acostumada.
Há de fato um grande esforço por parte da criança que chega e que está
conhecendo o ambiente da instituição, mas ao contrário do que o termo sugere
não depende exclusivamente dela adaptar-se ou não à nova situação, depende
também da forma como é acolhida”.
Acreditamos que o
acolhimento às crianças nos primeiros dias de alunos é de extrema relevância,
que se constitui em uma temática que necessita ser pensada e estudada por todos
os envolvidos no cotidiano escolar: pais, docentes, gestores e demais
funcionários da escola.
Neste sentido,
considerando a relevância deste tema acreditamos ser imprescindível que está
temática deva estar registrada no Projeto Pedagógico da escola, uma vez que,
entendemos que é este documento que valida e colaboração com a sistematização
de nossas ações.
Historicamente nas
escolas de educação infantil no início do ano letivo se planeja e organiza um
horário flexível e atividades diferenciadas para receber as crianças. Este
período de adaptação se dá pelo fato de no inicio das aulas algumas crianças
choram ou ficam retraídas na escola, assim algumas famílias sentem-se inseguras
quanto ao acolhimento que será dado aos seus filhos por parte dos profissionais
que atuam no espaço escolar.
Assim, entendemos e
compartilhamos da ideia de que a escola deva considerar esses sentimentos e
tenha alguns cuidados para que todos (crianças e famílias) sintam-se acolhidos
em suas angústias e necessidades. Entendemos ainda, que esta situação não se dá
apenas para os novos alunos, mas também para aqueles que em anos anteriores já
estudavam na escola, mas que terão que enfrentar uma nova situação, tais como
mudança de sala, de professoras e de ritmo de final de férias e retorno as
aulas.
DIESEL (2003) nos afirma que: “Falamos em adaptação sempre que
enfrentamos uma situação nova, ou readaptação, quando entramos novamente em
contato com algo já conhecido, mas por algum tempo distante do nosso convívio
diário. O processo de adaptação inicia com o nascimento, nos acompanha no
decorrer de toda a vida e ressurge a cada nova situação que vivenciamos. Sair
de um espaço conhecido e seguro, dar um passo à frente e arriscar-se, tendo
como companhia o desconhecido para o qual precisamos olhar perceber, sentir,
avaliar, nos leva às mais diferentes reações: permanecer no espaço seguro e
protegido, seguir adiante ou desistir e voltar atrás” Sendo assim, para iniciar
este diálogo, falaremos aqui de adaptação do ponto de vista do acolhimento. A
concepção de adaptação apresentada sob essa perspectiva traz a ideia de que o
ato de educar não está separado do ato de cuidar. Ao acolher a criança em seus
primeiros momentos na escola ou a cada nova etapa escolar, precisamos fazer com
que se sintam cuidados, confortáveis e, acima de tudo, seguros.
Para
nós da EMEI CEU JAGUARÉ a adaptação é necessária, e neste sentido não deve
acontecer de forma passiva ou indiferente, uma vez que, entendemos que esta
etapa se bem planejada poderá contribuir na qualidade dessa adaptação,
considerando-a sob o aspecto de acolher, aconchegar, oferecer bem estar,
conforto físico e emocional, amparar e ampliar significativamente o papel e a
responsabilidade da instituição educacional neste processo.
Neste
sentido, entendemos ser necessário considerar todos os aspectos do período de
adaptação e todas as suas variáveis, para que ele não seja feito de forma
espontaneísta ou sem reflexão. Sendo assim, acreditamos ser necessário planejar
e traçar um roteiro de como se dará a chegada dos alunos (novos ou não) nos primeiros
dias, pensar em tempos, espaços, materiais e atribuições de cada profissional
da escola são aspectos fundamentais para garantir a qualidade da adaptação.
Para
tanto, cada funcionário dentro de suas atribuições deverá ser co-responsável
pelo processo de adaptação e acolhimento dos alunos. A escola como um todo
precisa estar sensível às manifestações individuais dos alunos, atendendo às
suas necessidades específicas, que podem se manifestar de forma transitória ou
permanente.
Enfim, diante dos motivos exposto e dentro da
perspectiva do papel de cuidar e educar, a cada início de ano letivo nos
primeiros dias de aulas a equipe da EMEI CEU JAGURÉ poderá organizar com a
anuência das famílias um período de adaptação e acolhimento diferenciado,
inclusive se necessário for com a redução do tempo de permanência da criança na
escola.
13. Reunião e/ou Reunião da
Família
13.1 - Dos Princípios norteadores
Nós da EMEI CEU
JAGUARÉ, compartilhamos da ideia que a reunião de pais é um importante
instrumento de aproximação entre a família do aluno e a escola.
Embora não seja único
meio de aproximação, entendemos que este momento se constitui em um importante
instrumento que possibilita aos pais se perceberem como co-responsáveis pela
aprendizagem e desenvolvimento de seus filhos, podendo nesses encontros
compartilharem com os professores e com outros pais, as dificuldades, os
desafios e a possíveis soluções para problemas enfrentados durante o processo,
constituindo-se desta forma, é um momento para que os pais possam fortalecer
sua consciência do papel que possuem na complementação da educação de seus
filhos e da co-responsabilidade que têm junto com os educadores na formação das
crianças.
Neste sentido, a
reunião é um momento que toda a equipe escolar: Gestão e Docentes, tem para
apresentar as famílias como é o dia-a-dia da criança na escola, como elas se
relacionam consigo mesmo e com as outras crianças,
com os docentes e outros educadores
adultos da escola, assim como, de proporcionar aos pais uma forma para que
possam se apropriar e aprofundar seus conhecimentos sobre a proposta pedagógica
e metodológica desenvolvida nas aprendizagens das crianças. Portanto, essas
reuniões ou encontros se constituem em uma oportunidade de fortalecimento do
diálogo das famílias com os educadores e, consequentemente do estabelecimento
de uma relação mutua de confiança e cooperação entre as famílias e a escola.
Esta reunião não é
uma simples atividade para se cumprir uma determinação legal, mas sim uma
possibilidade de diálogo, de compartilhamento, de troca de conhecimento, de
formação e informações entre a escola e as famílias. Para tanto, o planejamento
e a organização dessas reuniões e encontros deverão ocorrer periodicamente de
acordo com o calendário escolar ou das necessidades identificadas pelos
educadores no decorrer do processo.
No planejamento de
cada reunião os docentes terão autonomia para estabelecer estratégias para
organizar seus encontros, considerando além dos objetivos construídos
coletivamente com seus pares e mediados pela Coordenação Pedagógica, quando
para tanto deverão considerar as características especificas da sua turma e do
perfil dos familiares das crianças, articulando-os à proposta pedagógica da
escola para reunião de pais apresentada neste documento, de modo que, as
famílias possam ter condições de conhecer, avaliar, comparar e analisar como
seus filhos estão se apropriando do processo de aprendizagem e desenvolvido
pela escola.
Enfim, queremos que
essas reuniões ou encontros se tornem de fato momentos em que pais e educadores
possam assumir e firmar uma parceria de co-responsabilidade na educação e no
desenvolvimento integral das crianças, almejando estabelecer uma relação de
cumplicidade e compartilhamento de responsabilidade que possibilitem entre outras
coisas uma aproximação e confiança mutua entre a escola-família e pais e
educadores, na realização das aprendizagens e desenvolvimento das crianças, de
modo que todos envolvidos neste processo: crianças, educadores e familiares se
sintam mais seguros e confiantes.
13.2 - Da Periodicidade
As reuniões de pais ocorrerão no
mínimo bimestralmente conforme Calendário Escolar Anual. No entanto, a escola
poderá e deverá organizar outros encontros de caráter formativo, informativo ou
recreativo, visando garantir uma maior aproximação e qualificação da
participação dos pais na construção, acompanhamento e concretização da proposta
pedagógica da escola.
13.3 - Do planejamento
A definição das pautas e dos
objetivos deverá ser estabelecida coletivamente entre os docentes e com o
acompanhamento e mediação equipe gestora. Definida a pauta e os objetivos, os
docentes com seus pares poderão estabelecer estratégias especificas de acordo
com as necessidades da sua turma e do perfil dos pais.
14.4 - Da organização
Para garantir a participação da
dupla de educadores na reunião ou encontro de pais, a escola poderá organizar a
reunião do período da manhã e tarde em dias diferentes. Quando isso ocorrer à
equipe gestora deverá reorganizar o horário de atendimento as crianças.
A organização da reunião se dará
em dois momentos:
O primeiro
momento se constituirá do acolhimento feito pela Equipe Gestora, ocasião em
que serão tratados assuntos administrativos e pedagógicos de ordem geral, assim
como de diálogo entre a gestão e os pais no que se diz respeito a organização,
avaliação e sugestões quanto ao funcionamento da escola.
O segundo momento ocorrerá
nas salas de aulas entre os docentes e os pais, de acordo com o planejamento e
estratégias por cada dupla de docentes
15. Projetos Didáticos.
As professoras desenvolvem Projetos Didáticos com as crianças que estão
alicerçados no Projeto Político Pedagógico da escola, no ano de 2014 foram
desenvolvidos projetos tendo como suporte o texto da educadora Márcia Gobbi :
Múltiplas Linguagens de Meninos e Meninas na Educação Infantil. As professoras desenvolveram
no decorrer do segundo semestre projetos com as turmas que contemplaram as
linguagens citadas no referido texto. Foram realizadas pesquisas em relação ao
tema escolhido, foram feitos registros semanais das pesquisas e das atividades
desenvolvidas nos projetos. Os projetos foram socializados nos horários
coletivos e a produção final das atividades foram apresentadas ma Mostra
Cultural realizada no mês de novembro de 2013.
Para o ano de 2014 os Projetos Didáticos serão desenvolvidos novamente, com
o objetivo de ampliar o universo cultural de nossas crianças e educadores,
repertoriando e expandindo os saberes e fazeres da Educação Infantil, a partir
dos campos de experiências, principalmente a arte e a ciência.
Aos educadores a
proposta é que possam enriquecer seus conhecimentos na troca interativa
composta pela formação, pesquisas e problematizações relativas a esses campos
de experiências. Já com as crianças, o objetivo é criar um movimento que
priorize o imaginário infantil, considerando as manifestações culturais,
favorecendo o conhecimento, a valorização e o acesso às produções artísticas e
científicas, respeitando as representações constitutivas da infância: o brincar
e o imaginar.
Esperamos que as
crianças educadores, participando de atividades significativas, com as
vivências culturais proporcionadas, desenvolvam habilidades e capacidades que
favoreçam a autonomia e criatividade em seus relacionamentos, considerando o universo
lúdico, como parte fundamental em sua formação. O desenvolvimento do Projeto
favorecerá a reflexão dos professores possibilitando o olhar crítico sobre a
prática docente e simultaneamente um questionamento sobre o currículo da
Educação Infantil, considerando as manifestações culturais e produções
artísticas como poderosos vetores de ensino-aprendizagem.
Esperamos que as crianças educadores,
participando de atividades significativas, com as vivências proporcionadas,
desenvolvam habilidades e capacidades que favoreçam a autonomia e criatividade
em seus relacionamentos, considerando o universo lúdico, como parte fundamental
em sua formação. O desenvolvimento dos projetos favorecerá a reflexão dos
professores possibilitando o olhar crítico sobre a prática docente e
simultaneamente um questionamento sobre o currículo da Educação Infantil,
considerando as manifestações culturais e produções artísticas e científicas como
poderosos vetores de construção de conhecimento.
Anexos: fazem parte deste Projeto Político Pedagógico todos os
registros das ações que foram desenvolvidas no ano letivo de 2015.
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